terça-feira, 26 de março de 2013

Colorado, mas não o Chapolim




         



Não me vem a mente o dia exato que tomei pela primeira vez a Colorado Indica e quando definitivamente pensei que cervejas seriam algo mais e que mereciam ser degustadas. Como ainda é difícil viajar no tempo, optei por recriar aquele momento e num grande sacrifício da alma, fui comprar outra. Ah, como sofro! E assim foi:
Se você é fã das “pilsen” do Brasil, nem tente imaginar do que estou falando. Não há uma comparação gustativa possível. O que normalmente tomamos nos botecos da vida é o que eu gosto carinhosamente de chamar de refresco ou refrigerante de cerveja. Não me entendam mal, é refrescante, mas nada mais que isso.
E finalmente, antes de continuar, vou tentar desfazer um pequeno mito do mundo que diz que quem gosta de cervejas mais fortes já se acostumou com elas ou já está com o paladar mais treinado, etc. Se isso for verdade para uns, para mim não. Gostei no ato! Fiquei surpreso e com lágrimas nos olhos de emoção... Não, não tiveram lágrimas, mas teve emoção.
A Colorado Indica é uma cerveja de cor âmbar (que eu particularmente descrevo como amarelo avermelhado, com um tom de marrom e uma pitadinha de opacidade ou turbidez). A espuma se mostrou abundante sem exagerar - durou tempo suficiente para eu terminar o copo - de coloração branca-creme-levemente-marrom.
Até aqui nada de surpreendente, minto, já há muito de surpreendente, mas o que surpreende mesmo já dá pra sentir desde o momento em que a garrafa é aberta: o(s) aroma(s). Sem saber do que se trata (eu descobri depois), você vai perceber um cheiro maravilhoso que lembra flores, relva e da rapadura que entra na composição. Bam! Uma porrada inebriante de lúpulo na cara, para o meu paladar e olfatos destreinados. Uma delícia, diga-se de passagem.
O sabor é uma overdose de maravilhas a parte. Não tenho habilidades sensitivas de diferenciar muita coisa ainda, mas não tem como não notar e conhecer o sabor do lúpulo que é o diferencial da coisa toda. O amargo é bem persistente e a “secura” da bebida ajuda a intensificá-lo. Acho, e apenas acho, que senti um leve toque de malte tostado (Espero estar indo no caminho certo). E a rapadura, deixa aquele toque de... rapadura! Mas sem doce, lembre-se.
Para não cansar vossos cérebros twittosféricos encerro com a máxima: É uma cerveja didática (como as outras cervejas Colorado). Além de simplesmente uma delícia dá pra aprender um bocado sobre lúpulo e sobre cerveja de forma geral. Adoro e "Indico".
E se você, como eu, está se aventurando por este mundo degustativo lembre sempre de ler uma opinião de sommelière antes de provar uma cerveja nova. Isso vai ajudar muito a procurar a coisa certa, na hora certa e no lugar certo.

Um brinde! Saúde e que a Força esteja com você!



Ficha Técnica:

De onde? Brasileiríssima
Nome? Colora Indica
Estilo? IPA (Indian Pale Ale)
% Álcool? 7% vol
Copo? Cheio, por favor. Brinks... Caldereta

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Aviso: Todas as opiniões presente nesta publicação são pessoais, banais e intransferíveis. O conteúdo das mesmas não deve ser levado totalmente a sério e tampouco servir de fonte fidedigna para degustações, resenhas, discursos, lições de moral, publicações científicas ou trabalhos da 5ª série. O autor não é sommelier, nem tem formação específica em cervejas e sinceramente não dá a mínima para o que você fizer usando o conhecimento aqui conseguido.

* Todo o texto foi escrito enquanto o autor estava sóbrio.
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Mataria por uma Cerveja
Mataria por uma Cerveja                                                   

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